Não basta pensar no futuro!
Tem de haver comunicação entre o presente e o futuro.
Não uses o futuro para adiar o presente.
Não diferencies o futuro do presente.
Desde quando é que pensar no futuro, é uma desculpa para adiar a mudança?
Desde quando é que pensar no futuro, nos impede de explorar o nosso potencial?
Desde quando é que pensar no futuro, gatilha todos os botões de auto-preservação que possamos imaginar?
Desde quando é que pensar no futuro, tem de ser uma previsão exata de sucesso ou frustração?
Desde quando é que o entusiasmo de uma ideia futura e a própria intuição, se transformam tão rápido numa aversão a perder?
O futuro é hoje, adaptável. Não olhes assim tão longe, que te esqueças de apreciar as possibilidades e alternativas do Agora.
O futuro não é uma adição a comparações.
Conseguimos tomar melhores decisões quando não diferenciamos o futuro do presente.
O tempo é subjetivo. O futuro não acontece amanhã, ele acontece num lugar atemporal, um intervalo do tempo.
Orienta-te pela visão e não pelo tempo.
Não visiones o futuro em oposição ao passado, apenas escolhe em qual queres investir Agora.
O futuro não é uma proporção de tempo no calendário, mas a razão de um Eu autêntico e alinhado com a sua visão e com o que quer acontecer através de si.
O intervalo do tempo é o presente. A diferença não é entre 10 hoje e 20 amanhã, mas entre 10 hoje e 20 agora. Mas tens de aceitar a oferta!
O que ativa o futuro é o reconhecimento do lugar dentro de ti, onde te encontras, e não o tempo que demoras a chegar.
Nós não estamos fragmentados entre passado, presente e futuro. O tempo é uma eterna sobreposição de identidades. Programa-te para o presente.
O que escolhes antecipar?
O sucesso não é uma medida temporal para o triunfo da lógica, mas a participação coerente e consistente no que é agora, tão imprevisível quanto profético.
O desejo de ser recompensado e não castigado, é a fonte dos maiores desencontros na nossa vida. O desejo deve orientar-nos e não aprisionar-nos expectantes, esquecendo a dádiva do livre arbítrio nesta jornada.
Ainda precisas encontrar uma aranha para ver a teia? Tu és o sol que tudo ilumina. Tudo se expande a partir do teu coração. Tu és a teia, quem a tece e todas as relações que entoas. És o oceano inteiro e cada gota de água.
Canaliza todos os teus recursos internos para o Agora, tão intransponível quanto comunicativo.
Preferes ativar-te para evitar riscos ou para reconhecer possibilidades?
O futuro é um contínuo presente, uma teia linda que existe reunindo e sustentando todas as possibilidades. Quanto tempo queres esperar para partilhar similaridades do futuro com o Agora?
A escolha é intemporal. A aversão acontece quando o que te move é evitar uma possibilidade.
O que te move é mais importante do que a tua escolha.
Evitar falhar é omitir a possibilidade do sucesso.
Evitar perder é omitir a possibilidade de receber.
O que garante o resultado não é a escolha, mas o estares presente com o que te move.
A prioridade é permanecer presente com o que te move. Neste lugar de não ação é que as decisões certas emergem. Não precisas forçar a ação, habitua-te a fazer menos e ser mais leal com o que te move. É isto que vai impulsionar a ação no momento certo.
Como é dito no taoismo: do vazio surge a quietude, da quietude a ação, da ação a realização.
A certeza que existe é que tudo está em constante mudança. Neste lugar a não ação é o próprio acelerador da transformação. A neutralidade vai permitir-te ver as forças em ação, vai ajudar-te a gerir a realidade, e isso é evoluir.
Deixem-me clarificar que a não ação se refere ao estado relaxado e sereno de fluir com a natureza, sem fardos nem agendas. Aqui, a perícia de sentir cada textura, cada fenda e cada pensamento sem palavras, são mais importantes do que o apego emocional a uma frase completa.
Só quando não existir competição entre o presente e o futuro, teremos paz. Então tudo encaixará no seu lugar.
Sê flexível enquanto avanças sem empurrar, sem evitar, apenas fluindo, sem te moveres.
Temos de parar de pensar que temos de ser úteis a cada momento para sermos merecedores. Nem tudo tem de ser um meio para um fim nem o valor do progresso. A não ação é parar de impor utilidade a tudo e deixar tudo ser, naturalmente. É parar de julgar e manipular tudo para ter uma utilidade.
Não temos de apresentar-nos úteis, para preservarmos e justificarmos uma identidade.
Quando sairmos desta tirania talvez possamos ser nós próprios de novo.
O futuro não se molda interferindo com a ordem natural das coisas, mas fortalecendo a coragem para viver o presente como ele se apresenta, sem qualquer tipo de ilusão.
Então a luz surgirá sobre os eventos para reconhecermos o caminho.
Não contes as palavras em cada pensamento. Existe um silêncio que que rima com o verbo!
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